Dízimo bíblico explicado de forma completa: entenda o verdadeiro dízimo nas Escrituras, sua origem, para quem era destinado e por que Malaquias não fala de dízimo em dinheiro. Estudo profundo com contexto, exegese e hermenêutica.

Dízimo bíblico é um dos temas mais distorcidos dentro do cristianismo moderno, e o estudo do livro de Malaquias revela que o dízimo nas Escrituras não era dinheiro, mas comida destinada aos sacerdotes, pobres, órfãos, estrangeiros e viúvas. Ao analisar cada capítulo de Malaquias dentro da hermenêutica correta, torna-se claro que os verdadeiros ladrões denunciados pelo profeta eram os sacerdotes, e não o povo, pois ofereciam animais defeituosos e retinham o direito dos necessitados.
Esteja atento ao estudo de hoje: Uma análise sobre dízimos e ofertas relatados no livro de Malaquias…
Hoje nós estaremos dando a continuidade do estudo a respeito de dízimos e ofertas. No estudo anterior provamos pelas Escrituras, que a existência do dinheiro é algo muito antigo e já relatado nas Escrituras.
Gostaria de chamar a atenção dos nossos leitores, para esse importante estudo, em que nós estaremos dando continuidade, vamos analisar o livro de Malaquias, um livro muito usado pelos defensores do dízimo em dinheiro.
Vamos fazer uma análise exegética deste livro, uma análise dentro da hermenêutica (são as regras corretas de interpretação da Bíblia) E vamos ver, o que se trata a questão do dízimo falado no livro de Malaquias. Nós vamos estudar 8 tópicos do livro de Malaquias, e vamos deixar que o próprio livro responda estes tópicos.
- A quem se destinava a mensagem do livro de Malaquias?
- Quem roubava? No livro de Malaquias fala de ladrões, quem eram estes ladrões?
- O que era roubado, o que se roubava?
- Como se roubava; como se procedia o roubo, do qual é acusado no livro de Malaquias?
- O que eram os dízimos?
- O que eram as ofertas?
- O que eram as bênçãos?
- O que eram as maldições?

Muito se tem falado sobre este assunto: dízimo e ofertas. Aliás, acho que é o centro nevrálgico das religiões cristãs de hoje é a questão do dízimo, é a questão do dinheiro. Muitas promessas, muitas campanhas como por exemplo: Campanha da Rosa, Campanha da Água Benta, Campanha da Sexta-feira, Campanha do Sal Grosso…
E os cultos muitas vezes, ocorrem quase em forma de cessão de cinema, um atrás do outro. Tudo isso com o objetivo de arrecadar dízimo e ofertas. E vemos poderosas instituições eclesiásticas riquíssimas, e os que mais contribuem os que mais mantém este sistema financeiro de hoje, não são os ricos, infelizmente são os pobres, os mais fiéis, pagadores de dízimo no sistema vigente de hoje, são as pessoas pobres. As pessoas ricas algumas até que pagam, mas as que pagam fielmente, nós sabemos que são as pessoas pobres.
E as vezes, vemos homens do púlpito (pregadores) chamarem àqueles que não entregam os 10% de seu salário, de ladrões, que estão roubando à Deus, que são ladrões de Deus. Alguns têm a vergonha de ter o seu nome colocado no mural da igreja, como não pagador de dízimo, indisciplina, não pode tomar a ceia, e muitas vezes envergonhado na frente dos outros como um crente infiel. tudo em nome de um sistema, do qual se denomina “dízimo”.
E dizem, estar baseado no livro de Malaquias, que diz “roubará o homem à Deus?”; “mas, todavia, vós
me roubais no dízimo e nas ofertas.”
Mas vamos estudar, porque toda ignorância, todo abuso é dissipado através da verdade. Jesus Cristo foi muito perseguido pelos religiosos da sua época, porque Ele fazia o povo conhecer a verdade. Ele mesmo diz “errais não conhecendo as Escrituras e nem o poder de Deus.”
Será que esse sistema de dízimo, hoje praticado pela maioria das religiões chamadas cristãs, realmente é o que a Bíblia ensina por dízimo? Será que estão realmente (legitimamente) utilizando o livro de Malaquias para tomar dízimo das pessoas. É legítimo este argumento?
A melhor maneira de nós entendermos a Bíblia é estudando. Jesus diz que “nós erramos quando nós
desconhecemos as Escrituras.” Então, nós vamos estudar a respeito do livro de Malaquias…
A quem se destinava a mensagem do livro de Malaquias? Nós podemos ver muito bem, no próprio livro de Malaquias a quem se destinava a mensagem do livro de Malaquias.
MALAQUIAS 1:1
- Apalavra do Senhor a Israel, por intermédio de Malaquias.
O primeiro verso do capítulo 1 do livro de Malaquias, está dizendo que é o peso da palavra, quer dizer, essa responsabilidade da palavra de Deus contra a nação de Israel.
Dentro da hermenêutica bíblica. O que é hermenêutica? São as regras de interpretação, dos quais nós seguimos o contexto histórico (do capítulo e do assunto) para que a gente não distorça (ou torça) as Escrituras. Nós devemos seguir corretamente as regras de interpretação e hermenêutica da Bíblia.
A mensagem do livro de Malaquias destinava inicialmente à nação de Israel. E, o capítulo 3 verso 9, confirma – e que é justamente os versos logo após a famosa utilização dos pregadores dízimos sobre “roubar a Deus”. O verso 9 diz assim:
MALAQUIAS 3:9
- Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque a mim me roubais, sim, vós, esta nação toda.
Malaquias 3:9 está dizendo que a nação de Israel estava sendo amaldiçoada, porque eles roubavam a Deus. Então, quem roubava a Deus, no livro de Malaquias? “Vós me roubais” – Deus fala. O que roubavam (na frase): nos dízimos e nas ofertas. Quem são estes, que roubavam? Vamos ver agora aqui, quem são.

MALAQUIAS 1:10
- Oxalá que entre vós houvesse até um que fechasse as portas para que não acendesse debalde o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão.
Deus está falando daqueles que serviam ao altar e faziam a oblação. Ele não queria aceitar da mão deles, a oblação. No capítulo 2:1 diz especificamente, quem eram, a quem se destinavam a mensagem do profeta Malaquias.
MALAQUIAS 2:1
- “E agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós.”
Esta mensagem estava sendo destinada aos sacerdotes.
Vamos descobrir dentro do próprio livro, que os dízimos e as ofertas de hoje, não são os dízimos e nem as ofertas relatadas no livro de Malaquias. Sim, vou repetir novamente: o dízimo e ofertas, que se praticam hoje no sistema religioso, nós vamos ver no livro de Malaquias, que não é o mesmo dízimo e ofertas do qual se trata o livro de Malaquias.
Você pode perguntar “Mas como assim?” – porque você, toda vida foi ensinado, que dízimo e ofertas é você chegar no final do mês, receber o teu salário e separar 10% que é o dízimo do Senhor e a primeira coisa, que você faz é levar e colocar no envelope e entregar na mão do pastor ou da igreja e fala “Dei o meu dízimo, cumpri com o mandamento de Deus.” Você pensa assim.
Mas, nós vamos ver pela Bíblia, que isso não é dízimo. Se você der a oportunidade para que a Bíblia fale, você vai ver que dízimo e oferta na Bíblia, era um sistema de comida, dízimo e ofertas eram (do livro de Malaquias especificamente) eram animais e grãos da terra, que eram entregues como produtos agropastoris, e não em dinheiro.
Você não vai encontrar nenhuma menção no livro de Malaquias, de entrega de dízimo em dinheiro. Pode ler o livro de Malaquias, do capítulo 1 até o último capítulo (capítulo 4). Você não vai encontrar nenhuma menção de dízimo em dinheiro, nem das ofertas, neste caso, que são as ofertas alçadas.
Toda menção que você vai ver é se referindo a sacrifício, a mantimento, a comida. Então, vamos primeiro, desmistificar isso. O livro de Malaquias não ensina, não fala, não mostra nenhum dízimo dado em dinheiro. O livro de Malaquias mostra o dízimo como um sistema de sustento em comida, para os sacerdotes.
MALAQUIAS 1:2
- Eu vos tenho amado, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Em que nos tens amado? Acaso não era Esaú irmão de Jacó? diz o Senhor; todavia amei a Jacó,
- O filho honra o pai, e o servo ao seu amo; se eu, pois, sou pai, onde está a minha honra? e se eu sou amo, onde está o temor de mim? diz o Senhor dos exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que temos nós desprezado o teu nome?
Veja que a mensagem de Malaquias está destinada aos líderes da nação de Israel. Então, a quem se destinava a mensagem do livro de Malaquias? A própria Bíblia está respondendo “a vós sacerdotes” (2:1; 1:6) está mostrando que era aqueles que estavam na casa de Deus, oferecendo sacrifícios, oblação para Deus, eram estes, a quem destinava a mensagem do livro de Malaquias.
Quem roubava (no livro de Malaquias)? Os sacerdotes, bem como a nação por não ser instruídas por eles. Nós vamos notar que a nação acabou tropeçando, por causa dos sacerdotes. Eles não ensinavam corretamente, eles estavam cometendo enganos e estavam fazendo com que toda a nação tropeçasse juntamente com eles. Isso está em:
MALAQUIAS 2:8,7
- Pois os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é o mensageiro do Senhor dos exércitos.
Mas vós vos desviastes do caminho; a muitos fizestes tropeçar na lei; corrompestes o pacto de Levi, diz o Senhor dos exércitos.
Aqueles que lideravam o povo de Israel (no tempo de Malaquias, por volta do ano 397 a.C. eram eles que estavam fazendo todo o povo tropeçar. E era para eles, que estava destinada a mensagem do livro de Malaquias. Quem eram os roubadores dos dízimos e das ofertas (no livro de Malaquias)? Eram os sacerdotes… É isso que a Bíblia está mostrando.
A advertência era para os dirigentes, diretamente aos sacerdotes, os roubos começavam nele e depois faziam muitos tropeçarem (2:8) Daí, por aceitarem seus erros, a culpa também passava a toda a nação.
MALAQUIAS 3:9
- Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque a mim me roubais, sim, vós, esta nação toda.
O sistema de dízimo que nós vemos no livro de Malaquias, era para ser usado também, para sacrifícios. Deveriam ser entregue um animal (em bom estado) representando Jesus Cristo, para ser sacrificado. E, este animal era entregue em forma de dízimo. Os sacerdotes é que estavam roubando, eles estavam tirando um animal bom, que era o que segundo a lei ordenava-se e destinava-se ao sacrifício, e entregando um coxo, um cego, um estragado para Deus.
Então, eles estavam roubando. O quê? O dízimo. Todas essas coisas e advertências do livro de Malaquias, vieram contra ele. Vamos ver aqui a ausência de trazer oferta, mas identificando como eram roubadas, nos leva a relacionar a reprovação aos sacerdotes por ofertarem animais defeituosos.
Em Malaquias 1:6-14 está a prova do que é que eles estavam fazendo de errado (roubando a Deus):
MALAQUIAS 1:6-14
- O filho honra o pai, e o servo ao seu amo; se eu, pois, sou pai, onde está a minha honra? e se eu sou amo, onde está o temor de mim? diz o Senhor dos exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que temos nós desprezado o teu nome?
- Ofereceis sobre o meu altar pão profano, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que pensais, que a mesa do Senhor é desprezível.
- Pois quando ofereceis em sacrifício um animal cego, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou o doente, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o Senhor dos exércitos.
- Agora, pois, suplicai o favor de Deus, para que se compadeça de nós. Com tal oferta da vossa mão, aceitará ele a vossa pessoa? diz o Senhor dos exércitos.
- Oxalá que entre vós houvesse até um que fechasse as portas para que não acendesse debalde o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão.
- Mas desde o nascente do sol até o poente é grande entre as nações o meu nome; e em todo lugar se oferece ao meu nome incenso, e uma oblação pura; porque o meu nome é grande entre as nações, diz o Senhor dos exércitos.
- Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é profana, e o seu produto, isto é, a sua comida, é desprezível.
- Dizeis também: Eis aqui, que canseira! e o lançastes ao desprezo, diz o Senhor dos exércitos; e tendes trazido o que foi roubado, e o coxo e o doente; assim trazeis a oferta. Aceitaria eu isso de vossa mão? diz o Senhor.
- Mas seja maldito o enganador que, tendo animal macho no seu rebanho, o vota, e sacrifica ao Senhor o que tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos exércitos, e o meu nome é temível entre as nações.

Pela leitura de Malaquias 1:6-14, lemos que a oferta que estava sendo entregue, eram animais defeituosos, estavam roubando a Deus, profanando a Deus. E você vai perceber claramente, que se trata de comida.
No verso 12 está provando que dízimo e ofertas, das quais Deus está mencionando aqui no livro de
Malaquias, trata-se de comida, sustento, algo de se comer, alimento. Não se trata de dinheiro.
Houve depois, no VI século da era cristã para tomar impostos dos serviçais. Os feudais instituíram o imposto de 10% em dinheiro, e erroneamente começaram a dizer que isso era baseado no dízimo da Bíblia.
Este dízimo de tomar 10% do salário de alguém e chamar de dízimo esse dinheiro é um sistema que foi inicialmente colocado no VI século pelo sistema feudal – que era o sistema que começa na Idade Média, de serviçais que tinham os seus reis e senhores que serviam também o Império Sacro Romano.
E eles começaram a tomar 10% obrigatório dizendo que isso seria dízimo segundo a Bíblia. Mas sabemos que dízimo segundo a bíblia é um sistema de comida, como nós estamos vendo no livro de Malaquias.
Por isso, meu querido leitor, é muito importante conhecermos as Escrituras, para não sermos enganados. “Assim como povo tropeçou porque os sacerdotes, que eram os verdadeiros ladrões daquela época, os quais são repreendidos no livro de Malaquias, o povo tropeçou porque eles não ensinavam ao povo, não estavam dando o exemplo correto ao povo, e o povo todo tropeçou.
Jesus mesmo diz “quando um cego guia outro cego, ambos caem numa cova.” Nós não podemos confiar a salvação da nossa alma à homens. Nós temos de confiar a salvação da nossa alma à Jesus Cristo, e certificar pela palavra de Deus, que estamos seguindo as coisas conforme a Bíblia para não sermos enganados.
O crente zeloso, que realmente deseja ouvir do seu Senhor naquele dia “bendito estais servo meu, possuir o reino que vos está preparado.” ele é um crente cuidadoso – ele cuida nas Escrituras ter a vida eterna.
Jesus falou “vós cuidais ter a vida eterna pelas escrituras.”
Então, a mensagem era destinada a Israel e aos sacerdotes. Os ladrões do livro de Malaquias não eram o povo. O povo tropeçou, mas os verdadeiros ladrões do livro de Malaquias eram os líderes do povo, os sacerdotes; eles eram os verdadeiros ladrões.
Eles que estavam desprezando a mesa de Deus, oferecendo pão imundo (comida imunda) e animais coxos. E o roubo das ofertas não passava de ofertas de sacrifícios, que eram realizados com animais aleijados e doentes e cegos, isto era o roubo dos dízimos.
MALAQUIAS 3:5-7
- E chegar-me-ei a vós para juízo; e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que defraudam o trabalhador em seu salário, a viúva, e o órfão, e que pervertem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos exércitos.
- Pois eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.
- Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes. Tornai vós para mim, e eu tornarei para vós diz o Senhor dos exércitos. Mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?
Eles estavam roubando nas ofertas e oferecendo o coxo, e também estavam defraudando o salário do jornaleiro e oprimindo a viúva e o órfão.
Nós vamos ver pela própria lei de Moisés que, o dízimo também era destinado para o direito do jornaleiro, do estrangeiro, da viúva e do pobre. Isso se encontra em Deuteronômio 14:28,29.
Um dos roubos também e de injustiças que estavam ocorrendo aqui, que o profeta Malaquias, através do espírito do Senhor, fala àqueles sacerdotes, é que eles não estavam destinando o quinhão do dízimo para as viúvas e os pobres, e estavam defraudando o direito dos jornaleiros.
Quem eram os jornaleiros? Jornaleiros eram aquelas pessoas que trabalhavam e ganhavam um salário em dinheiro (muitas vezes) por dia, era o jornaleiro. Estes estavam desobrigados de pagarem dízimo, porque eles eram pobres.
O dízimo não era cobrado de pessoas pobres, mas das pessoas que tinham propriedades, que davam gados, colheitas enormes. Estas pessoas é que pagavam o dízimo, e parte do dízimo segundo a Bíblia, era destinado aos pobres, as viúvas e aos órfãos e ao levita natural.
Porque o levita, ele tinha voto de pobreza, ele não podia se enriquecer, ele não podia estar andando com sacos de dinheiro para cima e para baixo, como hoje nós encontramos, em que foi encontrado até mesmo em cuecas de homens que se dizem pastores, 100 mil dólares – isso não ocorria, e dinheiro já existia naquela época. Havia uma opressão ao órfão, e desrespeito ao direito do estrangeiro. Porque estes, em certos períodos (a cada três anos) recebiam dízimo conforme Deuteronômio:
DEUTERONÔMIO 14:28,29
- Ao fim de cada terceiro ano levarás todos os dízimos da tua colheita do mesmo ano, e os depositarás dentro das tuas portas.
- Então virá o levita {pois nem parte nem herança tem contigo}, o peregrino, o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda obra que as tuas mãos fizerem.
Vamos ver aqui que do dízimo trienal, ou seja, a cada três anos, o dízimo colhido naquele terceiro ano (inteiro) ele deveria ser dividido para a viúva, para o órfão, para o pobre e para o levita. Eles vinham e comiam o dízimo.
Se nós quiséssemos hoje praticar o dízimo segundo a Bíblia, nós devemos repartir este dízimo com o pobre, com a viúva, com o estrangeiro e com o sacerdote (aquele que ministra no templo), este é o dízimo bíblico. Mas será que é isso que acontece?
Será que os defensores do sistema financeiro erroneamente chamado dízimo, eles fazem isso? Eles pegam lá, a conta corrente da igreja e emprestam dinheiro sem juros aos pobres ou ajudam a comprar um remédio àquele pobre membro fiel? Será que é isso que acontece?
Seja sincero meu leitor. De modo nenhum, nós sabemos que não. Nós sabemos que isso não acontece. E é isso que a Bíblia ensina? Ela está ensinando que o dízimo é só destinado para o clero, e não para os pobres? É isso que a Bíblia está ensinando?
Nós acabamos de ler que não. A bíblia ensina que havia um dízimo, era o terceiro ano (a cada três anos) que era destinado aos pobres. E neste ponto, é que estavam também roubando os sacerdotes de Malaquias, eles não estavam fazendo justiça aos pobres, as viúvas e aos órfãos.
Você está vendo meu querido leitor, a verdade sobre o livro de Malaquias, que muitos escondem? Vamos esclarecer aqui. O objetivo do programa “À luz das escrituras” é esclarecer a verdade, para que pela verdade, nós sejamos libertos.
Vamos ver na Bíblia, o que realmente é dízimo. E nós vemos pelas Escrituras, que dízimo era um sistema de alimentação, e não de dinheiro. Aliás, nós podemos provar pelas Escrituras, que dízimo era proibido ser entregue em dinheiro. Nós temos como provar.
Você não perca o nosso próximo estudo, onde nós estaremos fazendo nossa terceira e última série, a respeito do assunto do dízimo, onde nós iremos provar que o dízimo, segundo as Escrituras, não podia ser entregue em dinheiro. Nós já provamos aqui, que o dinheiro existia e que dinheiro, pessoas recebiam salários em moedas (em dinheiro), e que até banco na época de Jesus Cristo, existia.
Alguém pode estar pasmo – “como assim, banco na época de Cristo?” Sim, existiam banqueiros, já no tempo de Jesus, pessoas que guardavam dinheiro dos outros.
Jesus mesmo pagou imposto com dinheiro. Então, aquela célebre frase do Senhor Jesus Cristo “dá a
César o que é de César e dá a Deus o que é de Deus” nós estaremos também explicando no programa que vem. Nós vamos mostrar o que é de Deus e o que é de César.
E nós vamos mostrar que este sistema, erroneamente chamado de dízimo hoje, praticado pelo sistema religioso vigente, ele é pior do que César; ele é mais injusto do que César.
Você não perca o programa que vem; nós vamos estar mostrando pelas escrituras, que o sistema de hoje, praticado erroneamente, chamado de dízimo, não é dízimo, e que ele é mais injusto, cruel do que César.
Porque Deus não é um Deus cruel, Deus é Deus de bondade, ele sempre foi a favor dos pobres.
Tanto é verdade, que Deus sempre foi a favor dos pobres, que nós estamos provando hoje, para os nossos leitores, que o dízimo trienal, era destinado aos pobres.
Então, quem pagava dízimo no antigo conserto, eram os ricos (as pessoas abastadas) que Deus fazia dar o produto da terra, crescer os animais; estes pagavam o dízimo, a favor da obra e dos pobres.
Hoje é o contrário, quem sustenta a massa maior (financeira) do chamado dízimo, são os pobres.
São as pessoas pobres hoje, que sustentam a massa maior de arrecadação de dinheiro no sistema religioso financeiro, o contrário das Escrituras. Nas Escrituras, quem sustentava os pobres, era o dízimo dos ricos. E hoje não, hoje quem sustenta todo esse sistema financeiro, em nome de um dízimo (que não é dízimo, um dízimo inventado) são os pobres, as pessoas mais pobres são a massa maior de dízimos em dinheiro nos dias de hoje, você pode reparar isso.
O dízimo da Bíblia, o dízimo instituído por Deus está longe (é mil anos à frente) desse dízimo praticado atualmente. Porque o dízimo de Deus, que era comida, era um dízimo para justiça social, era um dízimo de misericórdia, onde a viúva, o órfão e o pobre tinham direito, ele tinha direito disso.
E Deus chama de ladrão os sacerdotes (de Malaquias) porque eles detinham o quinhão das viúvas, dos pobres e dos órfãos. Jesus mesmo condenou os fariseus da sua época, chamando-os de hipócritas, porque “eles dizimavam do endro (comida) e do cominho (tempero, que era caro), eles dizimavam disso e desprezavam o mais importante da lei, eles não faziam justiça para as viúvas, para os pobres.
Era nisso que Jesus estava os condenando, porque eles se dizendo muito fiéis à Deus, eles desprezavam o mais importante. Se hoje então o dízimo estivesse vigente como um sistema, nós devemos então entregar a cada três anos o dízimo para sustentar os pobres, para ajudar os pobres, as viúvas.
E o mais importante da lei, que é a justiça, o juízo, a misericórdia, não está sendo feito, está sendo desprezado. Está havendo uma grande hipocrisia nos dias de hoje.
Jesus falaria hoje, as mesmas palavras que ele falou aos fariseus de sua época, que existem escrupulosos pregadores sobre dízimo, que acabam desprezando o mais importante da lei, que é a justiça, o juízo e a misericórdia.
“Ah, mas a obra de Deus precisa de dinheiro para subsistir.”
Sim, ela precisa de dinheiro. Mas nós não precisamos inventar um sistema mentiroso, que não é bíblico, um sistema que põe medo nas pessoas, um sistema que amaldiçoa, que tem maldição para poder arrecadar dinheiro das pessoas a base do medo.
É isso que nós estamos aqui, colocando em pauta, de acordo com as Escrituras. “Ah, mas a igreja que você tem então. Você, como faz para sobreviver?” Nós temos a coleta de ofertas voluntárias, as pessoas dão debaixo da graça, não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça.

GÁLATAS 5:4
- Vós que quereis se justificar pela lei, estais debaixo da maldição.
E Jesus veio nos resgatar da maldição da lei. Interessante né? Muitos acusam, dizendo “É, porque
sábado é da lei de Moisés, sábado não é para guardar, maldito quem estiver guardando o sábado.”
Fazem um escândalo quando falam da guarda do mandamento (do sábado) dizendo que é da lei de Moisés. Mas quando falam de dízimo (que é da lei de Moisés, esse sim é da lei de Moisés) falam de maldição: “maldito o que não trouxer.” Estão aí pregando – que incoerência tremenda.
Eu quero dizer aqui, aos nossos queridos leitores. Você que é um examinador das Escrituras. Que, o sábado é o sétimo dia da semana, foi criado por Deus (em Gênesis), lá não existia nenhum judeu, não existia Moisés, não existia Israel. Existia os pais da humanidade: Adão e Eva.
O sábado (o sétimo dia) quando nós estamos falando, se trata de um mandamento que foi dado na criação, não se trata de lei de Moisés. Erroneamente, engana-se quem quer colocar o sábado dentro do contexto da lei da Moisés.
A lei de Moisés tomou o sábado de empréstimo? Sim. Não somente o sábado, pois nós encontramos vários tipos de sábados na lei de Moisés: sábado de Yom Kippur; sábado de festas levíticas, isso nós encontramos.
A primeira pergunta foi a seguinte: Onde nasceu esse sistema de dízimo, que hoje é praticado pela maioria das religiões de hoje? Esse dízimo que pega 10% do salário da pessoa, e chama-se de dízimo.
Bom, a resposta é a seguinte: pela primeira vez, começaram a tomar dízimo em dinheiro, e chamá-lo
de dízimo, por volta do sexto século, no sistema feudal, na Idade Média. Quando os senhores feudais tomavam dos seus vassalos (seus empregados) 10% do dinheiro, em forma de dízimo. E isso era repassado muitas vezes também, a igreja do estado da época.
Então, o dízimo usado em dinheiro – esse sistema de dízimo hoje, praticado em dinheiro começou a ser praticado por volta do sexto século. E foi instituído na Idade Média, pelo sistema feudal – que era um sistema de propriedade, senhorio e de vassalos, que vigorou durante alguns séculos, dentro da idade Média, no império sacro romano.
Este sistema de dízimo, erroneamente chamado de dízimo, não é o dízimo da Bíblia. O dízimo da Bíblia é um sistema de comida. Alguém pode falar: “Ah, mas é comida porque não existia dinheiro.” Engana-se. Já existia dinheiro já no tempo de Abraão. E nós vemos José do Egito, ele não foi vendido por 20 moedas de prata?
Isso nós vemos em Gênesis, onde diz que José do Egito foi vendido por 20 moedas de prata. Abraão comprou uma sepultura a peso de ciclo de ouro (moeda corrente entre os mercadores).
Deus mesmo fala “Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não é pão?” Ou Ele fala “Nosso povo recebe o seu salário em um saco furado.” mostrando que o salário era em dinheiro.
Eu gostaria de chamar a atenção dos nossos leitores, para uma passagem que está em Isaías. A salvação
não é comprada por dinheiro. Engana-se aquele que se acha muito fiel a Deus, porque paga 10% do seu salário todo mês, e por isso é sinal de fidelidade.
Nós vemos aí, muitas injustiças ocorrerem, as vezes acontece coisas terríveis, onde a pessoa entra em pecado grave – as vezes um pecado de adultério, um pecado de roubo ou um pecado de calúnia, fofoca, e essa pessoa as vezes não é posta em disciplina porque é um fiel dizimista, ele dá um gordo dízimo em dinheiro, e por isso é intocável. Ás vezes é aquele crente de bom testemunho, que não tem nenhum problema, mas está as vezes passando por uma dificuldade financeira seríssima e não consegue naquele mês, ou no segundo mês, entregar 10% do seu salário, ele já é posto de lado, já começam a olhar para ele como um infiel.
Então, você vê que é dois pesos e duas medidas, “coa-se mosquito e engole camelo”. E todos que estão aqui agora, sabem do que eu estou falando – acontece e é verdade, não vamos ser hipócritas. Isso é o que mais acontece nos dias de hoje.
Nós vemos ali, dois pesos e duas medidas, porque aquele camarada é um dizimista que dá um dinheiro gordo, mas ali ele está em pecado, e fazem vista grossa. Porque não vão deixar de receber aquele dízimo gordo.
Mas aquele pobrezinho, que não tem quase dinheiro, e as vezes até falha no dízimo, mas ele é fiel, e procura dar bom testemunho. Mas ele não deu o dízimo, então ele é infiel. Então, nós sabemos que este tipo de coisa ocorre, e aos olhos de Deus isso é injustiça.
Por isso que Jesus falou “vós desprezais o mais importante da lei, que é a misericórdia e a justiça.”
Então, vamos entender o que é dízimo, segundo as Escrituras, deixando aqui, o último versículo da palavra de Deus (no livro de Isaías) onde Deus fala assim “Ó vós que tende sede.” – este é um convite de Deus para você, meu querido leitor.
ISAÍAS 55:1,2
- Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei;
sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
- Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão! e o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e deleitai-vos com a gordura.
Meu querido leitor, a salvação não é comprada por dinheiro e nem ao peso de 10% do seu salário. A salvação é dada gratuitamente a todos aqueles que desejarem – mesmo aqueles que não tem dinheiro.
Então, “vinde às águas, e recebei leite, e pão e vinho.”
Pregador: Evangelista Flávio.
Link do vídeo: 051 – A Verdade Sobre o Dízimo (Parte 2)
Download da apostila: 051 – A Verdade Sobre o Dízimo (Parte 2)